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Onde Está a Humanidade Enquanto Gaza Sofre?

  • Foto do escritor: Ana Maria G
    Ana Maria G
  • 12 de ago.
  • 2 min de leitura
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Enquanto as ruínas de Gaza ainda fumegam, crianças são retiradas de escombros, mães choram diante de corpos embrulhados em lençóis e hospitais funcionam sem luz nem remédios. A poeira mal baixa de um bombardeio e já se ouve o próximo. É um ciclo de horror que se repete todos os dias e o mundo assiste.

O silêncio é cúmplice. As manchetes suavizam a dor, a política relativiza a barbárie e a opinião pública se perde entre distrações, curtidas e tendências passageiras. Para muitos, Gaza é apenas um ponto distante no mapa, mas para quem vive lá, cada minuto é uma corrida contra a morte.

Não se trata apenas de geopolítica, religião ou território. Trata-se de humanidade. E, neste momento, a humanidade parece ausente. Quando inocentes são massacrados diante das câmeras, quando a fome e a sede são usadas como armas, quando vidas viram números nas estatísticas, algo fundamental se perde em nós como espécie.

Os líderes mundiais podem e devem agir. Não com discursos vagos, mas com medidas concretas. É preciso parar de financiar armas que alimentam massacres e investir em negociações que salvem vidas. Cada dólar destinado à guerra é um voto pela continuação do sofrimento. Cada silêncio diplomático é um aval para que a tragédia prossiga.

A história vai registrar esses dias e vai perguntar: onde estávamos quando Gaza clamava por socorro? Alguns dirão que não sabiam, outros que nada podiam fazer. Mas todos saberão que o silêncio e a inércia de agora ecoarão por gerações.

A verdadeira medida da civilização não é a tecnologia que criamos, nem as fronteiras que defendemos, mas a capacidade de proteger os mais frágeis, mesmo quando não há vantagem em fazê-lo. Hoje, Gaza está nos testando. E, até aqui, estamos falhando.


Escrito por Ana Maria Galbier, cientista política e fundadora do GlobalOlhar.


  • crédito imagem: Pixabay.

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