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UnionPay em 2025: concorrência no bolso e liberdade de escolha para o consumidor

  • Foto do escritor: Ana Maria G
    Ana Maria G
  • 2 de ago.
  • 3 min de leitura


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A chegada da UnionPay, a maior bandeira de cartões do mundo em volume de transações, ao Brasil, prevista para o segundo semestre de 2025, não é apenas uma novidade no mercado financeiro. Ela simboliza uma ampliação das opções para os brasileiros e um avanço estratégico rumo a uma economia mais plural e menos dependente das redes financeiras tradicionais dominadas por poucos países.

O que é a UnionPay?

Fundada em 2002 com apoio do governo chinês, a UnionPay International é uma rede global de pagamentos que atua em mais de 180 países. Na China, praticamente todos os cartões utilizam a bandeira UnionPay. Globalmente, ela tem crescido especialmente fora da influência das redes tradicionais como Visa, Mastercard e SWIFT.

No Brasil, a operação será conduzida pela fintech nacional Left (Liberdade Econômica em Fintech), que será responsável pela emissão dos cartões e pela integração da tecnologia da UnionPay ao sistema financeiro brasileiro, incluindo Pix, maquininhas de cartão e bancos parceiros.

Quando começa a operação no Brasil?

A UnionPay começará a operar oficialmente no Brasil ainda no segundo semestre de 2025, seguindo uma implantação gradual:

  • Inicialmente, serão lançados cartões físicos e digitais com função débito e pré-pago;

  • Haverá integração com o Pix, maquininhas e plataformas de e-commerce;

  • A função crédito está prevista para ser lançada até o final do ano;

  • Lojistas poderão aceitar a bandeira com taxas competitivas e estrutura simplificada.

Por que a chegada da UnionPay é boa para o consumidor brasileiro?

A chegada de mais uma bandeira no mercado traz benefícios diretos para quem usa e vende:

  • Mais opções para o consumidor escolher o cartão que mais lhe convém;

  • Redução das taxas cobradas dos lojistas, que podem repassar descontos ao cliente;

  • Incentivo à inovação nos serviços financeiros, como cashback, cartões virtuais e integração com Pix;

  • Ampliação da inclusão financeira, atingindo públicos antes ignorados pelas grandes bandeiras;

  • Menor dependência de redes concentradas internacionalmente, aumentando a soberania do sistema financeiro brasileiro.

Por que a UnionPay deve oferecer taxas mais baixas?

A entrada da UnionPay no Brasil traz uma promessa importante: taxas de transação mais competitivas para lojistas. Isso acontece porque a bandeira tem uma estratégia global focada em ampliar rapidamente sua participação de mercado, principalmente em países com grande potencial de crescimento, como o Brasil.

Além disso, a operação local feita pela fintech Left pretende adotar um modelo eficiente e com menor custo operacional, repassando essa economia para lojistas e consumidores.

Como isso beneficia o consumidor?

  • Com menos custo para os estabelecimentos, aumenta a chance de que parte dessa economia seja repassada em descontos, promoções ou cashback;

  • A presença da UnionPay intensifica a competição com Visa, Mastercard e Elo, o que pode levar todas as bandeiras a reduzirem suas taxas;

  • O consumidor passa a ter mais opções com preços justos, além de benefícios associados a essa concorrência.

O impacto geopolítico para o Brasil

Mais do que uma questão financeira, a entrada da UnionPay representa um movimento estratégico. Como membro dos BRICS, o Brasil está no centro de um esforço para construir alternativas ao domínio do dólar e do sistema financeiro controlado por Estados Unidos e aliados.

A China, por meio da UnionPay e do sistema interbancário global CIPS, busca reduzir custos e burocracias no comércio internacional, abrindo novas possibilidades para o Brasil e seus parceiros no Sul Global.

Desafios para a nova bandeira no Brasil

Nenhuma novidade chega sem desafios:

  • A desconhecimento do público brasileiro sobre a UnionPay, que ainda associa seus pagamentos a poucas marcas tradicionais;

  • A necessidade de integração técnica completa com bancos, maquininhas e sistemas de pagamento locais;

  • Enfrentar a concorrência consolidada de Visa, Mastercard e Elo, que dominam o mercado há décadas.

Entretanto, esses desafios são naturais e esperados em processos de ampliação da concorrência.

O que já está funcionando?

Antes mesmo do lançamento formal, maquininhas como Cielo, Rede, Stone e Getnet já processam transações com a bandeira UnionPay, principalmente para cartões emitidos no exterior por turistas e empresas.

A expectativa é que até o final de 2025 a bandeira atinja cerca de 70% do varejo brasileiro, incluindo grandes redes, pequenos comércios e plataformas de comércio eletrônico.

A chegada da UnionPay ao Brasil representa uma oportunidade para consumidores, lojistas e para a economia brasileira. Ela amplia a liberdade de escolha no mercado de cartões, fortalece a concorrência, fomenta a inclusão financeira e contribui para a soberania econômica do país.

Mais opções de bandeiras significam menos concentração, mais inovação e melhor atendimento para o consumidor. A pluralidade financeira é uma conquista democrática que deve ser celebrada e estimulada.


Fontes:

  • Portal Veritas (jul/2025)

  • AVP Notícias

  • Left Fintech

  • UnionPay International

  • Danuzio News

  • Experiências de usuários (Reddit)


Artigo escrito por: Ana Maria Galbier, cientista política e fundadora do site GlobalOlhar


*Todos os direitos reservados à autora. Imagem criada exclusivamente para este conteúdo

 
 
 

2 comentários


Membro desconhecido
04 de ago.

Muito bom

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Membro desconhecido
04 de ago.

Boa ideia

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