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Amazônia: O Potencial Econômico da Floresta em Pé.

  • Foto do escritor: Ana Maria G
    Ana Maria G
  • 3 de jul.
  • 3 min de leitura
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O Brasil detém uma das maiores riquezas ambientais do planeta: a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. Esta imensa floresta não é apenas um tesouro de biodiversidade, mas também uma poderosa aliada no combate às mudanças climáticas, graças à sua capacidade única de absorver bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera. E aqui está a grande verdade: é possível transformar essa floresta em uma fonte de renda bilionária para o país, preservando cada árvore e garantindo o futuro do planeta.


Por que o Brasil é o Gigante do Carbono e Guardião da Amazônia?

Com cerca de 5 milhões de km² da Amazônia Legal, o Brasil abriga vastas áreas sob responsabilidade da União . Terras indígenas, unidades de conservação e florestas nativas, que juntas têm o potencial de gerar milhões de créditos de carbono por ano. Se aproveitados de forma sustentável e justa, esses créditos podem significar receitas bilionárias, investimento em comunidades locais e, principalmente, garantir que a floresta continue de pé.

Mas por que ainda não vemos o Brasil liderando esse mercado?

O caminho para transformar essa riqueza natural em prestígio internacional e resultados concretos ainda enfrenta desafios complexos:

  • Falta de uma legislação clara e integrada: O mercado de carbono nacional ainda depende da aprovação de leis específicas que regulamentem com segurança as operações, garantindo transparência e credibilidade.

  • Regularização fundiária e titularidade da terra: Muitas áreas amazônicas, mesmo sob domínio público, sofrem com disputas e falta de definição clara sobre quem pode gerir e vender créditos ambientais.

  • Complexidade social: O respeito aos direitos das populações indígenas e comunidades tradicionais exige processos cuidadosos de consulta e participação, que não podem ser atropelados.

  • Investimento técnico e financeiro: Projetos de carbono demandam recursos para medição precisa, certificação internacional e monitoramento constante — algo que ainda carece de estrutura no país.

  • Imagem ambiental: A reputação do Brasil no cenário global é afetada por episódios recentes de desmatamento, o que gera desconfiança entre compradores internacionais.

O que está em jogo?

Ao superar esses obstáculos, o Brasil não apenas se coloca como protagonista no combate ao aquecimento global, mas também abre portas para um modelo de desenvolvimento sustentável que gera empregos, valoriza as comunidades locais e preserva um dos ecossistemas mais importantes do planeta.

O papel do povo para pressionar e garantir esse futuro

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil não depende só de políticos ou órgãos ambientais - é uma conquista que nasce da pressão e da participação ativa da sociedade civil. Cidadãos conscientes podem:

  • Cobrar dos representantes eleitos a aprovação rápida e transparente das leis que estruturam o mercado de carbono.

  • Apoiar organizações que atuam pela preservação da Amazônia e o respeito às populações tradicionais.

  • Exigir transparência na gestão das receitas geradas por créditos de carbono, garantindo que elas revertam em benefícios sociais e ambientais reais.

  • Divulgar informações e engajar suas redes para fortalecer a consciência coletiva sobre a importância da floresta e do clima.

E o que você pode fazer?

Informar-se, participar de debates públicos, assinar petições, apoiar projetos ambientais locais e pressionar por políticas sustentáveis são ações que fortalecem o Brasil para liderar esse mercado global.

Amazônia em pé é riqueza em mãos ,o futuro do Brasil pode ser verde, próspero e justo, sem precisar derrubar uma única árvore.



📌 Sobre a autora

Ana Maria Galbier, é cientista política, fundadora do site Global Olhar.

 
 
 

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