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Não tenha medo do Drex: entenda de forma simples

  • Foto do escritor: Ana Maria G
    Ana Maria G
  • 15 de set.
  • 3 min de leitura
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O Drex é a moeda digital do Banco Central do Brasil. Recentemente, muitas pessoas têm ficado preocupadas com possíveis rastreamentos e controle pelo governo. Neste artigo, vamos explicar de forma simples e clara o que é o Drex, como ele funciona e por que não há motivo para pânico.

O que é o Drex?

  • O Drex é uma versão digital do real.

  • 1 Drex = 1 real físico.

  • Ele é emitido pelo Banco Central do Brasil e serve como mais uma opção de pagamento, junto com dinheiro em espécie, PIX e cartões.

  • Seu objetivo é modernizar pagamentos, tornando transações mais rápidas e permitindo inovações como contratos inteligentes e tokenização de ativos.

Importante: o Drex não substitui o dinheiro físico, e ninguém será obrigado a usá-lo.

Privacidade e rastreabilidade

Muita gente teme que o Drex permita que o governo rastreie todas as transações. Mas a realidade é:

  • O Drex segue as mesmas regras de sigilo bancário que já existem hoje (Lei Complementar nº 105/2001).

  • Acesso a informações só ocorrerá em situações previstas em lei, como ordens judiciais ou fiscalização da Receita Federal.

  • Não há nenhum plano oficial para rastrear pessoas ou controlar gastos de maneira indiscriminada.

Na prática, o Drex terá nível de rastreabilidade parecido com PIX ou cartão de crédito, que já registram transações de forma legal e segura.


Comparando meios de pagamento

Meio

Rastreamento

Praticidade

Observações

Dinheiro físico

Nenhum após o saque

Pode ser usado em qualquer lugar

Totalmente anônimo, mas menos prático para grandes valores e compras online

PIX

Registrado pelo Banco Central; acesso legal autorizado

Instantâneo, disponível 24/7

Já permite pagamentos digitais rápidos; dinheiro físico continua disponível

Cartão de crédito

Registrado pelo banco e bandeira; acesso legal autorizado

Permite parcelamento e benefícios

Crédito extra, mas com anuidades ou juros

Drex

Registrado pelo Banco Central; segue sigilo bancário

Pagamentos rápidos, contratos inteligentes

Funciona como o real físico, com benefícios digitais adicionais; uso opcional

O que muda — e o que não muda

  1. Não há motivo para pânico:

    • O dinheiro físico continua circulando.

    • Assim como o PIX não substituiu cédulas e moedas, o Drex também não vai forçar ninguém a abandonar o dinheiro em espécie.

  2. Privacidade é garantida:

    • Segue as mesmas regras do sistema bancário atual.

    • Apenas transações suspeitas ou autorizadas por lei podem ser investigadas.

  3. Mais opções, não menos liberdade:

    • O Drex é apenas mais uma alternativa de pagamento.

    • Quem prefere continuar usando dinheiro em espécie ou cartões pode continuar fazendo isso sem problemas.

  4. Adoção digital crescente é natural:

    • A população já migra para meios digitais por praticidade, mesmo com dinheiro físico disponível.

    • O Drex apenas facilita essa transição, oferecendo novas funcionalidades sem impor obrigatoriedade.


O Drex não é um mecanismo de vigilância, nem uma forma de controlar ou substituir o dinheiro físico. Ele é uma extensão digital do real, segura, opcional e regulamentada pelo Banco Central.

Se você já usa PIX ou cartão, não há nada de novo em termos de rastreamento. O Drex apenas traz mais conveniência e inovação, mantendo a liberdade de escolha.

Em outras palavras: usar o Drex será tão seguro e opcional quanto usar PIX ou cartão de crédito, e você sempre poderá contar com o dinheiro físico quando quiser.

Se, o governo quisesse realmente ter acabado com o dinheiro físico já teria feito isso com o Pix... então, não caia em teorias conspiracionistas.

O Drex segue um processo de consultas públicas conduzido pelo Banco Central do Brasil. Essas consultas permitem que a sociedade, empresas e especialistas contribuam com sugestões e opiniões sobre a regulamentação e implementação do Drex.

Exemplos de Consultas Públicas Relacionadas ao Drex:

  • Consulta Pública nº 111 (novembro de 2024 a fevereiro de 2025): Focada na regulamentação da inclusão de serviços de ativos virtuais no mercado de câmbio, afetando diretamente o Drex e sua integração com o mercado financeiro. Serviços e Informações do Brasil

  • Consulta Pública nº 109 (2024): Tratou da regulamentação de prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs), incluindo corretoras e custodiantes, impactando o ecossistema do Drex. Coelho & Dalle Advogados

  • Consulta Pública nº 108 (outubro de 2024): Destinada à regulamentação do modelo de Banking as a Service (BaaS), relevante para a infraestrutura financeira que suporta o Drex. Finsiders Brasil


Escrito por Ana Maria Galbier, cientista política e fundadora desse site.

 
 
 

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